Colocar em números a quantidade de fraudes sofridas por empresas de seguros não é tão simples. A Federação Interamericana de Empresas e Seguros (Fides) conseguiu definir um prejuízo anual em torno de US$ 50 bilhões só na América Latina. Porém, todos os dias acontecem inúmeras outras tentativas.
As fraudes podem variar desde pequenas inverdades e omissões de informações importantes até grandes esquemas envolvendo grupos criminosos. Com o avanço da sociedade da informação e a transformação digital, fraudadores desenvolvem sempre novos meios para aplicar os golpes.
É necessário realizar um mapeamento dos possíveis dolos para que ações de prevenção possam ser tomadas. Neste artigo vamos abordar o que são as fraudes em seguradoras e como elas podem prejudicar muito além das empresas envolvidas. Veja!
O que são fraudes?
As fraudes são ações em que uma pessoa ou organização aplica golpes na seguradora com o objetivo de obter benefícios financeiros. As práticas podem incluir falsificação de documentos, simulação de sinistros, subnotificação de valores, dentre outras.
Infelizmente, para cada categoria de seguros, criminosos digitais estão encontrando novas maneiras de explorar fraquezas. O que dificulta o combate são as variações e adaptações tecnológicas para voltar a praticar fraudes antigos que já foram sanados pelas organizações.
Os padrões podem ser muito sofisticados, criando cenários elaborados que vão lesar as organizações das mais variadas formas. Além de profissionais de tecnologia, eles podem incluir médicos que fornecem documentação enganosa, advogados que apresentam reivindicações falsas ou falsos testemunhos, e assim por diante.
A maior parte das seguradoras já fazem uso de recursos tradicionais para investigar possíveis fraudes, incluindo:
- A revisão de documentos e faturas;
- A realização de entrevistas com o segurado e outras partes envolvidas;
- A contratação de investigadores privados para realizar pesquisas mais detalhadas.
No entanto, essas investigações podem ser caras e demandam tempo, e nem sempre é possível detectar fraudes antes que ocorram.
Consequências
Ao contrário do que se pensa, não são apenas as empresas que sofrem com as consequências, mas também, os clientes e até o governo, pois os custos das fraudes interferem automaticamente na dinâmica dos valores gerando diversos efeitos negativos, que incluem:
Perda financeira – Podemos considerar essa a consequência que mais se destaca. A cada fraude bem-sucedida, a empresa paga reivindicações falsas que colocam em risco a saúde financeira da instituição.
Aumento das taxas de prêmio: Quando uma seguradora sofre perdas financeiras devido a fraudes, ela pode ser forçada a aumentar as taxas de prêmio para cobrir essas perdas. Processo que pode tornar o seguro mais caro e menos acessível para pessoas e empresas.
Impacto na confiança do público: Um dos pontos mais complicados de se recuperar é a confiança do público nas seguradoras e na indústria de seguros em geral. Como consequência há uma diminuição de aquisição e mais uma vez o impacto na saúde financeira da instituição.
Economia prejudicada: Por se tratar de um componente importante do sistema financeiro, os golpes afetam também a economia global.
Reputação da empresa: As fraudes em seguradoras podem ter um impacto negativo na reputação da empresa. Isso pode afetar a capacidade de atrair e reter clientes, bem como de atrair investidores e parceiros de negócios.
Prevenção
Considerada como crime, a fraude pode resultar em penalidades legais para os fraudadores. A punição compreende em multas, restituição de valores e até mesmo prisão, dependendo da gravidade da fraude.
Apesar disso, não há uma redução nas tentativas as empresas precisam estar prevenidas para reduzir os riscos. Ações que utilizam dados e permitem análises cada vez mais completas ajudam na previsão e prevenção das tentativas criminosas e tornam empresas de seguros muito menos vulneráveis.
Entenda mais sobre como evitar fraudes nos nossos artigos do blog!